Encontro de Viveiristas da Rede de Viveiros do Vale do Ribeira
No dia 11 de dezembro de 2018 foi realizado na UNESP (Campus Experimental de Registro), o Encontro de Produtores da Rede de Mudas Nativas do Vale do Ribeira. O evento teve a presença de 26 pessoas e contou com o apoio das seguintes instituições: Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Instituto Florestal (IF) e Iniciativa Verde. A Pró-Reitoria de Extensão Universitária (PROEX) atuou como financiadora do projeto da Rede de Viveiros de Mudas Nativas, possibilitando a ocorrência do evento. A proposta oferecida durante o encontro foi a resolução de problemas e discussão de ideias para a Rede de Viveiros de Mudas Nativas do Vale do Ribeira, a fim de consolidar uma maior segurança econômica para os envolvidos, gerando renda, empregos, compartilhamento de técnicas e conhecimentos, além de oferecer uma maior visibilidade aos produtores de pequeno porte - que acabam, por vezes, sendo ofuscados por produtores de médio e grande porte -, uma vez que há uma crescente demanda de mercado para mudas nativas, que são requisitadas para trabalhos de reflorestamento (compensação e recomposição florestal). A Rede, atualmente, conta com cerca de 20 viveiros, comunitários e comerciais, distribuídos em cinco regiões. O atual projeto é uma resposta ao projeto já executado, "Da semente à floresta: Formação de uma rede regional de Viveiros de Mudas nativas no Vale do Ribeira", financiado pela Fehidro.
A primeira palestra, realizada por Ricardo Elias da Silva Diniz, foi a respeito da importância da administração e contabilidade do negócio do pequeno produtor, para reduzir gastos desnecessários e procurar organizar sua produção, uma vez que o planejamento correto é fundamental para a segurança econômica do produtor.
A segunda palestra, feita por Lucas Florêncio Mariano, biólogo, ligado ao projeto Raízes Ambientais, teve como tema a produção e aspectos legais de sementes florestais nativas. O palestrante buscou explicar aos produtores a respeito da legislação de produção de sementes de espécies florestais nativas e manejo florestal, orientando para que ações equívocas sejam evitadas.
A terceira palestrada, ministrada pela bióloga Larissa Martins de Freitas, teve o intuito de apresentar aos produtores a alternativa de produção de plântulas para os viveiristas, como funciona o mercado de plântulas e como isso pode auxiliar a complementar a renda.
O evento foi finalizado com uma roda de conversa entre os convidados, que compartilharam conhecimento e falaram a respeito dos principais desafios e custos.
DESAFIOS
Disponibilidade de água e irrigação para as mudas, dificultando a produtividade.
Uso de sombrites, que são essenciais, porém com um custo específico.
A falta de disponibilidade de assistência técnica acessível e que oferece um acompanhamento adequado.
A escassez de fomento para com os produtores envolvidos.
A dificuldade de comercialização e escoamento da produção, porque, apesar de ser um mercado crescente, a dificuldade em adquirir os contatos certos e compradores ainda é uma realidade.
O desanimo do grupo, levando a saída de alguns membros da Rede por conta de algumas dificuldades.
Falta de ajuda entre os membros do grupo.
Desinteresse dos jovens em continuar ou de se envolver com a produção de mudas.
Falta de propaganda e divulgação adequada.
SUGESTÕES
Utilização de alternativas a irrigação, com a utilização de hidrogel, por exemplo.
Criação de uma associação para facilitar as vendas e divisão dos lucros entre os associados.
Criação de logomarca, selos e utilização de mídias sociais para divulgação dos produtos.
Instigar os jovens a participarem do setor da administração do negócio, valorizando sua pessoa e incentivando-o, ganhando uma parcela do lucro.
Criação de reuniões periódicas com a possível associação formada.